A Lei de César Síria: Como afetará o Iraque? (2/3)

Por Elijah J. Magnier: @ejmalrai

Traduzido por: Alan Regis Dantas

A promulgação da “Lei de César” – as novas sanções dos EUA destinadas a “perseguir indivíduos, grupos, empresas e países que lidam com o governo de Damasco” – é aparentemente dirigida contra a Síria, mas na realidade, visa matar muitas pássaros com uma cajadada só. Esta “lei” visa prejudicar o Irã, a Síria, o Iraque e o Líbano, unidos sob uma única frente: o “Eixo da Resistência”.

As sanções da União Européia e EUA à Síria sob a Lei de César visam cortar a ligação que existe entre Teerã e o Líbano via Iraque e Síria. O poder crescente do “Eixo da Resistência” após as suas vitórias na Síria (ao impedir a mudança de regime) e no Iraque (ao recuperar os territórios ocupados pelo ISIS) não pode se proliferar, uma vez que representa uma ameaça tanto para Israel como para os EUA. E nem sequer mencionámos o Iêmen e a Palestina!

Israel é conhecido por adotar uma política estratégica de ataques preventivos, atacando e destruindo possíveis ameaças futuras. Esta política data da ocupação da Palestina, em 1947. Contudo, Israel tornou-se mais do que nunca indispensável para os EUA devido ao regresso da Rússia à arena internacional e, em particular, ao Médio Oriente e ao Mediterrâneo. O reposicionamento estratégico russo no Médio Oriente, desencadeado pela guerra dos EUA contra a Síria, está a reavivar a guerra fria para a administração americana e a tornar Israel indispensável como “país de vanguarda” face à crescente influência de Moscou no Líbano, na Síria e no Iraque. Estes três países são considerados pelos EUA uma zona de segurança estratégica tanto para Israel como para os EUA, agora que a Rússia se encontra na mesma órbita.

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O Marjaiya acredita que Hashd al-Shaabi “deve permanecer, e é necessário para enfrentar o ISIS, mas também para questionar o status de Peshmerga”. De acordo com a Marjaiya: “Nem leste ou oeste, Iraque primeiro, mas isso se aplica a todas as forças e não apenas Hashd al-Shaabi. Todas as forças devem estar sob o comando do primeiro-ministro. A influência iraniana e americana deve acabar”, disse a fonte em Najaf.

O Marjaiya gostaria de ver todas as distinções nomeadas dentro do Hashd al-Shaabi terminarem para que se torne uma verdadeira força dentro das forças de segurança com uma agenda iraquiana. A agenda iraquiana inclui também a retirada das forças dos EUA e o fim da influência do Irã sobre as organizações e grupos iraquianos.

“Os partidos políticos xiitas como Al-Fateh, Sa’yroon (Moqtada al-Sadr), Nuri al-Maliki, Haidar Abadi, Sayyed Ammar al-Hakim, Sheikh Qais al-Khaz’ali, todos têm assento no parlamento e são, portanto, mais fortes do que o Marjaiya quando se trata de votar qualquer resolução. Najaf é limitado na sua influência no final do dia e só pode embaralhar certas cartas. Na verdade, não temos um roteiro”, disse a fonte em Najaf.

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Os Estados Unidos estão segurando o dinheiro que o Iraque precisa, incluindo os depósitos do Banco Mundial. Pode afirmar a sua vontade, mas não a pode impor ao Iraque. Os EUA

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