Irã e Israel: Os contra-ataques continuam e não arrefecerão

Trad. Alan Dantas

Nem o Irã nem Israel têm outra escolha senão trocarem golpes em vários teatros, já que a guerra ideológica está aberta e não há expectativa de que termine em breve. Muitos países do Oriente Médio aprenderam com o método beligerante de ataques preventivos de Israel. Concluíram que é necessário impor uma estratégia de dissuasão para evitar os excessos israelenses. De fato, o Irã e o Hezbollah libanês estão se rebelando para impedir que Tel Aviv viole a soberania de países vizinhos ou próximos, como fez com o Iraque e vem fazendo há vários anos com a Síria.

Por muitos anos, Tel Aviv tem violado a segurança do Irã ao assassinar cientistas iranianos, dirigindo ataques dentro do Irã e organizando agitação sistemática e deliberada sob vários slogans e pretextos junto com o Ocidente. As últimas operações israelenses foram de ataques com drones aos edifícios do Ministério da Defesa iraniano, causando pequenos danos, aos quais o Irã respondeu em alto mar. O Irã se tornou forte o suficiente para retaliar.

Teerã desenvolveu os meios para responder Israel em diferentes teatros e de maneiras sofisticadas. Estando sempre atenta ao que mais prejudicará Israel, como apoiar os palestinos em sua busca para recuperar suas terras, tendo se preocupado com o papel tendencioso dos Estados Unidos e com a morte dos Acordos de Oslo, algo que os líderes palestinos têm apontado repetidamente. Até mesmo o presidente pró-EUA Mahmoud Abbas declarou que “a América não está mais apta a desempenhar o papel de mediador”. Não obstante a imposição do aliado mais forte do Irã na equação de dissuasão sobre Israel – o Hezbollah libanês – Tel Aviv encontrou uma forma de atacar alvos na Síria, desde que o Presidente Bashar al-Assad não queira se envolver em uma nova guerra com Israel. Começaram a atacar alvos do exército da Síria e comboios de alimentos que auxiliam o governo sírio para enfraquecer o país por conta de seu apoio incondicional e relacionamento estratégico com o Irã.

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