Irã adota abordagem positiva para distrair o mundo da guerra na Ucrânia

Elijah J. Magnier

Trad. Alan Dantas

O Conselho de Administração da AIEA programou sua próxima reunião em junho para discutir o resultado da cooperação entre o Diretor Geral da Agência, Rafael Grossi, e Teerã, após sua recente visita, em que se encontrou com o Presidente Ibrahim Raisi. A visita de Grossi foi seguida por outras reuniões oficiais programadas entre a Agência e funcionários iranianos para discutir os detalhes da cooperação. O Irã acredita que o Diretor não foi ao Irã por sua própria iniciativa para evitar uma escalada em ambos os lados. Mensagens secretas de vários enviados da Europa, Qatar e Omã confirmaram que os EUA pretendem desescalar com o Irã e não estão interessados em nenhuma tentativa israelense de ser arrastado para uma guerra que Washington quer evitar a todo custo.

Além disso, o Irã foi aconselhado pela China e pela Rússia a evitar confrontos nesta fase e a cumprir as exigências da AIEA, especialmente depois que Israel levantou sua voz pedindo guerra contra o Irã junto à administração dos EUA, que não tem interesse em satisfazer Israel. Os países ocidentais, incluindo a Grã-Bretanha, França e Alemanha, tentaram adotar uma linha dura, apelando para que Teerã fosse punida por não cooperar com a AIEA.

O Irã foi acusado de reter informações sobre três locais nucleares onde foram encontrados vestígios de urânio. O País diz que esta é uma operação de inteligência planejada para sabotar as relações do Irã com a AIEA. Depois que os EUA se retiraram do acordo nuclear enriquecimento não ocorria,  até que o presidente Joe Biden assumiu o cargo, quando o Irã começou a aumentar sua taxa de enriquecimento de 5% para 60%. Ação disparou alarmes em Israel, América, Europa e vários países do Oriente Médio, que ameaçaram adquirir armas nucleares se o Irã construísse um arsenal nuclear militar.

O Irã acompanhou sua escalada, desligando a transmissão de Internet que ligava as 27 câmeras de vigilância instaladas dentro de seu reator nuclear à Agência Internacional de Energia Atômica e estavam conectadas a satélites. O Irã mostrou flexibilidade, dizendo ao diretor da agência que cooperaria com seus inspetores mas não entregaria as filmagens das câmeras em sua posse. O Irã permitiu visitas sem aviso prévio a suas instalações, em particular as três instalações em Abadh, Ramin e Turquzabad, nas quais a Agência insistiu em receber informações adicionais suficientes como instalações não secretas.

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