
Por Elijah J. Magnier: @ejmalrai
Traduzido por: Alan Regis Dantas
A última vez que o presidente da Junta de Chefes de Estado-Maior dos EUA, General Mark Milley, visitou Israel foi pouco antes do assassinato do Major-General Qassim Soleimani no aeroporto de Bagdá. O General Milley voltou a visitar Israel há alguns dias e reuniu-se com o Ministro da Defesa Benny Gantz, o Chefe de Estado-Maior Aviv Kochavi e o Diretor do Mossad, Yossi Cohen. A visita, que durou algumas horas no contexto do tema “enfrentar o Irã e seus aliados no Oriente Médio, especialmente a ameaça representada pelo Hezbollah libanês”, pode ser o prenúncio de um verão “mais quente“. Os temas foram o Irã, mas também a perigosa escalada entre o Hezbollah e Israel. Israel removeu as forças ao longo das fronteiras libanesas e desdobrou tanques e brigadas de artilharia. Será esse um ato de intimidação ou uma mera precaução? Será que os EUA e Israel estão se preparando para desencadear uma guerra e mudar as regras de engajamento? Estas medidas são defensivas ou ofensivas? E quando o Hezbollah vai responder selecionando um alvo das Forças de Defesa de Israel (FDI) para matar?
Na segunda-feira (27), Israel abriu fogo contra um movimento suspeito nas fazendas Shebaa ocupadas que se revelou ser a apreensão e o excesso de procedimentos de segurança pelas tropas israelenses destacadas ao longo das fronteiras libanesas. É inevitável que um exército nervoso que espera ser atacado, sabendo que este governo aceite as perdas e vire a página, atire contra um inimigo inexistente”. O Hezbollah disse que “Israel estava atirando contra um inimigo imaginário e será responsabilizado por danificar uma casa libanesa durante o bombardeio da artilharia israelense ao território libanês, desencadeado pelo medo de uma retaliação do Hezbollah”. O Hezbollah terminou o seu “comunicado” dizendo a Israel: “Espere pelo castigo”.
Por mais embaraçoso que o incidente seja, o Primeiro Ministro israelense Benjamin Netanyahu pediu “todos os ministros devem evitar liberar qualquer informação sobre o evento”.Netanyahu também declarou que ele responsabilizaria “o Líbano e a Síria por qualquer ataque,” e que ele está “pronto para responder se os soldados forem atingidos”. O Ministro de Inteligência Eli Cohen disse, “qualquer ação que viole a nossa soberania será encontrada com uma resposta forte. Aconselhamos os nossos inimigos a não nos testarem”. O chefe de pessoal israelense Kochavi visitou a fronteira com o Líbano e disse aos comandantes da 91ª Brigada, se preapararem para uma possível operação de retaliação (reforçada pela Brigada Golani), que “as tensões continuarão nos próximos dias; o Hezbollah responderá antes do Eid al-Adha,” celebrado pelos muçulmanos nesta quinta-feira.
As palavras de Kochavi são mera especulação: na verdade, a decisão da resposta está nas mãos do Hezbollah, não de Israel. O Chefe do Estado-Maior está tentando assegurar aos soldados israelenses que o estado de alerta, com eles escondidos dentro de seus quartéis, não durará muito. De acordo com uma fonte bem informada, a resposta do Hezbollah não
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Ao enviar uma mensagem através da UNIFIL, Israel não só reconheceu a superioridade do Hezbollah, mas que definitivamente perdeu o equilíbrio da dissuasão, provavelmente permanentemente. Israel admitiu que não foi capaz de impor suas próprias regras de engajamento e está sendo submetido ao equilíbrio de terror imposto pelo Hezbollah. A intensificação israelense de missões por drones e aviões de guerra é um esforço psicológico para dissuadir o Hezbollah de atacar “confortavelmente”, e para evitar o aquecimento da linha de frente. Entretanto, falando a partir de décadas de experiência, a fonte considera que “quando for tomada a decisão de atingir um alvo israelense, todas essas medidas israelenses serão desconsideradas”.
Por enquanto, o Hezbollah decidiu… permanecer em silêncio.
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