
Elijah J. Magnier
Trad. Alan Dantas
O Iraque está se preparando para o anúncio dos resultados finais das eleições parlamentares pela Alta Comissão Eleitoral, após uma recontagem manual em um grande número de seções, com base nas objeções e apelos dos partidos e candidatos independentes em vários círculos eleitorais. Entretanto, não se espera que o anúncio produza nenhuma mudança substancial nos resultados iniciais previamente anunciados. Isso significa que o movimento Sadrista, o ex-Primeiro-Ministro Nuri al-Maliki, o Presidente Muhammad al-Halbousi e o líder curdo Masoud al-Barzani e os independentes ocuparão os assentos mais significativos no Parlamento iraquiano. Neste momento, quais serão as facções e partidos da oposição xiita – que perderam mais assentos do que os que representavam no passado – e o próximo passo? Será que Sayed Moqtada formará um governo nacional como anunciou anteriormente?
Os vários partidos curdos não chegaram a um acordo sobre uma agenda comum e como as posições no novo governo serão distribuídas para negociar com o importante bloco xiita que escolherá o próximo Primeiro Ministro e os outros presidentes (da República e da Câmara dos Deputados). Além disso, os principais blocos sunitas ainda não chegaram a um acordo sobre um entendimento unificado, nem os blocos xiitas, que ainda se encontram em dificuldades nos bastidores dos resultados. Os grupos xiitas exigem ou a reeleição – o que não é possível – ou serem incluídos no novo gabinete para aceitar os resultados das eleições e acabar com a divisão em consequente.
Os grupos xiitas, ou seja, “Asa’ib Ahl al-Haq” e o “Hezbollah – Iraque”, ainda se manifestam fora da Zona Verde, a área mais segura para instituições governamentais, embaixadas estrangeiras e líderes de partidos políticos. Estes partidos xiitas exigem uma recontagem ou novas eleições parlamentares, que já custaram 800 milhões de dólares. Entretanto, tal pedido não é racional porque os principais grupos vencedores se recusam a concorrer novamente através de um processo eleitoral que é considerado legal e regular. A falta de sucesso de muitos grupos foi devida a vários fatores:
O primeiro ponto foi a dispersão dos votos (apresentando três e não apenas um candidato para a mesma cadeira parlamentar) que afetou a “aliança Al-Fateh” e outras facções que não entenderam a nova lei eleitoral.
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