
Elijah J. Magnier
Trad. Alan Dantas
Três rodadas de discussões, reuniões durante dois dias e um discurso na Duma feito pelo presidente iraniano Ibrahim Raisi, são suficientes para indicar a importância que o presidente russo Vladimir Putin atribui a seu visitante do Irã. Raisi já anunciou, como parte de seu programa político de quatro anos, que seu país está indo em direção ao Leste (Ásia) sem necessariamente fechar a porta para o Ocidente. Não é uma coincidência que esta visita coincida com os exercícios navais realizados pelas marinhas iranianas, chinesas e russas nas águas quentes do Oceano Índico. É uma mensagem intencional para a América, indicando que os países contra os quais Washington faz guerras de sanções estão se unindo entre si para superar o unilateralismo que tem dominado o mundo desde a Segunda Guerra Mundial.
Um grupo de teste oficial da Frota do Pacífico, composto pelos guardas do cruzeiro de mísseis Nakhimon Varyag, o navio de guerra anti-submarino Almirante Tribuz e um petroleiro naval Boris Butoma, estão atracados no porto iraniano de Chabahar, com vista para o Golfo de Omã. O porto de Chabahar foi inaugurado pelo governo de Sheikh Hassan Rouhani e está operacional mesmo antes da conclusão do trabalho final que deve ser realizado este ano.
Estes navios de guerra estão participando de exercícios navais conjuntos com o Irã e a China para coordenar manobras navais para garantir a segurança dos navios internacionais, combater a pirataria, destruir minas flutuantes com fogo de artilharia e contra-infiltração por submarinos hostis. Os exercícios são realizados em mais de 176 mil quilômetros quadrados do norte do Oceano Índico e durarão três dias. Em dezembro de 2019, a China, Rússia e Irã já realizaram um exercício naval conjunto, que foi considerado um sucesso e uma coordenação e cooperação sem precedentes.
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