
Elijah J. Magnier
Trad, Alan Dantas
Israel deixou o Aeroporto de Damasco fora de serviço depois de sete anos de ataques a pontos específicos dentro e em torno do aeródromo, que contêm estoques avançados de armas iranianas relacionadas a mísseis antiaéreos, mísseis superfície-superfície guiados com precisão, e modernos drones iranianos multitarefa. Entretanto, o novo acontecimento criou uma ameaça lançada pelo Irã transmitido através da Rússia de que uma resposta direta contra Israel sucederia qualquer ataque israelense a suas posições na Síria. Portanto, a Rússia convocou o embaixador israelense para dizer que o ataque ao aeroporto de Damasco violava todas as linhas vermelhas e que levaria o caso ao Conselho de Segurança para condenar a violação de Israel do direito internacional.
Há vários anos, a Rússia prometeu ao governo de Damasco que seu aeroporto principal não seria submetido a nenhum ataque israelense. Entretanto, isto não aconteceu, e Israel continuou seus ataques ininterruptos às pistas e ao tráfego aéreo civil e militar, que não para desde 1970 e nem mesmo durante a guerra. Entretanto, nas últimas semanas, Tel Aviv foi longe demais ao atingir várias vezes as pistas norte e sul para tornar o aeroporto totalmente inutilizável. Damasco anunciou oficialmente que seu aeroporto foi severamente danificado e parou de funcionar.
Entretanto, uma fonte em Damasco confirmou que materiais únicos haviam sido usados para ajudar a reabrir o aeroporto em menos de duas semanas, com um claro novo compromisso russo de que qualquer ataque seria enfrentado com uma resposta semelhante ao bombardeio de Israel diretamente.
Moscou levou o caso da agressão israelense a outro nível, expressando suas intenções de apresentar um projeto de resolução ao Conselho de Segurança das Nações Unidas condenando o ataque ao aeroporto de Damasco. Mesmo que os EUA usem seu veto, a medida russa indica que Moscou acredita que chegou o momento de advertir Israel para interromper sua insistência, especialmente porque tomou uma posição anti-russa na guerra ucraniana.
Na semana passada, o vice-ministro russo das Relações Exteriores, Mikhail Bogdanov, convocou o embaixador israelense em Moscou, Ben Zvi, e pediu esclarecimentos, dizendo que “não está satisfeito com as justificativas e está esperando por esclarecimentos adicionais”. Isto indica uma mudança no relacionamento que não se limita mais aos oficiais militares russos e israelenses que se coordenam entre si na Síria. Em vez disso, a regulamentação do relacionamento entre a Rússia e Israel foi para o mais alto nível político, ao nível dos líderes e do topo da pirâmide.
Não há dúvida de que é uma posição notável e sem precedentes que a Rússia está tomando para condenar Israel depois de ter perdoado centenas de vezes, mesmo quando um dos ataques israelenses causou a queda de um avião russo carregando 15 oficiais em setembro de 2018.
A Rússia diz aos israelenses que seu ataque ao aeroporto de Damasco mina a estabilidade e viola a soberania da Síria. Portanto, Moscou exigirá que os responsáveis sejam responsabilizados porque isso impede a assistência humanitária da Síria. Este é um despertar (já tardio) pois Israel já alegou ter bombardeado a Síria mais de 1.500 vezes nos últimos anos. A maioria desses
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