Nada de guerra entre Hezbollah e Israel, nem demarcação de fronteiras

Elijah J. Magnier

Trad. Alan Dantas 

Israel adiará o alcance de qualquer solução de fronteira marítima com o Líbano a curto prazo, até que um novo governo seja formado. Esta medida oferecerá ao governo do atual Primeiro Ministro Yair Lapid uma chance de evitar as consequências políticas de se submeter ao Hezbollah nas próximas eleições israelenses.

De acordo com fontes bem informadas, “espera-se que Israel anuncie que deixará de perfurar em uma parte do campo Karish que se encontra dentro do território marítimo do Líbano. Tel Aviv também suspenderá qualquer perfuração na área marítima ao redor de Karish para evitar provocar o Hezbollah, que lançou um prazo que termina em meados de setembro para declarar guerra a Israel”. 

No mês passado, o Hezbollah exibiu imagens de navios israelenses em um campo de gás em disputa no Mar Mediterrâneo. Os militares israelenses derrubaram três drones desarmados do Hezbollah que sobrevoavam o campo de gás de Karish. O líder do Hezbollah Hassan Nasrallah, em recente entrevista, disse que o grupo poderia localizar e atingir Karish e qualquer outro campo de gás israelense.

No início de outubro de 2020, Líbano e Israel concordaram em manter conversações sobre as disputadas fronteiras marítimas, embora os dois países teoricamente não mantenham laços diplomáticos.

Israel e Líbano não têm relações diplomáticas e estão tecnicamente em estado de guerra. Como resultado, cada um deles reivindica cerca de 860 quilômetros quadrados do Mar Mediterrâneo, conhecido como Bloco 9, rico em petróleo e gás, como estando dentro de suas zonas econômicas exclusivas.

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