
By Elijah J. Magnier: @ejmalrai
Tradução: Alan Regis Dantas
Muito tem se falado sobre um conflito de interesse russo-iraniano na Síria e sobre as diferenças de prioridades, objetivos e o posicionamento das forças iranianas em diferentes províncias sírias, em particular no sul, que faz fronteira com os Altos de Golã ocupados por Israel. Na realidade, existem desacordos organizados que os diversos atores aceitaram sem que isso necessariamente afetasse seus objetivos primários. No entanto, o Irã parece ter decidido tomar mais medidas escalatórias na Síria, que devem causar preocupação em Israel. Este passo se segue à normalização das relações dos Emirados Árabes e do Bahrein com Israel, cujas relações abertas e colaboração com os países do Golfo agora dão a Israel uma presença direta nas fronteiras iranianas.
Durante os anos da guerra síria, Israel fez de tudo ao seu alcance para derrubar o Presidente Bashar al-Assad para permitir que o ISIS e a Al-Qaeda vencessem. A força aérea israelense bombardeou centenas de objetivos sobre todo o mapa sírio, sem sucesso. O apoio do Irã à estabilidade e unidade da Síria e sua vitória sobre os terroristas takfiri e seus apoiadores na região e a comunidade internacional conquistaram uma presença privilegiada para as forças do Irã e seus aliados na Síria.
Há muita especulação sobre os esforços russos para afastar o Irã para 40 quilômetros dos Altos de Golã ocupados. Entretanto, a realidade – de acordo com fontes bem informadas na Síria – é diferente. Conselheiros iranianos e especialistas militares estão presentes com seus aliados ao longo das fronteiras e em particular nas áreas de Daraa e Quneitra.
As fontes explicam que “devido aos recentes desdobramentos (normalização com os países do Golfo) no Oriente Médio, Israel está agora se movendo nas fronteiras do Irã e tem uma presença militar e de segurança ali”. Consequentemente, Teerã está se preparando para mostrar sua existência e a presença de seus aliados ao longo das fronteiras sírias. Está enviando uma mensagem a Israel de que o equilíbrio da dissuasão é onipresente e que Israel não tem a vantagem. O Irã tem cartas para jogar e pode revidar quando apropriado.”
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