Eleições iraquianas sem Irã e EUA: A vitória de Al-Sadr é uma bênção ou uma maldição? (1)

Elijah J. Magnier:

Trad. Alan Dantas


As eleições parlamentares iraquianas produziram os resultados esperados levando à vitória de Sayed Muqtada al-Sadr. Em uma apuração inicial, obteve 73 assentos parlamentares e se espera que ganhe um número ainda mais significativo nos próximos dias, após o período legal de três dias, ao serem avaliados os numerosos e sérios recursos. O número de pedidos alegando ilegalidade dos resultados é grave, especialmente quando há cerca de um milhão de votos não contados. Ao final destes recursos e quando o Tribunal Federal pronunciar seu veredicto, os políticos iraquianos podem procurar novas alianças ou decidir o que fazer com os resultados das eleições. No entanto, as pesquisas revelaram que muitos deputados independentes (30 no total) devem se juntar ao movimento Sadrista. 

Quando isto acontecer, será dada a Moqtada a capacidade de estabelecer uma poderosa aliança com os sunitas e curdos. Eles têm um grande número de assentos parlamentares, suficientes para nomear o novo primeiro-ministro. Moqtada poderia ignorar outros blocos xiitas, o que lhe daria a capacidade de escolher o Presidente do Congresso, o Presidente da República e o Primeiro Ministro. Entretanto, isto não seria uma jogada inteligente e poderia atrair a ira e o ódio de todos os outros partidos xiitas. Um fator importante a ser mencionado nesta eleição é que esta é a primeira vez desde 2003 que nem o Irã nem os EUA estarão envolvidos na nomeação dos líderes do país ou na mediação entre os políticos iraquianos, ao contrário do que ocorreu na última década.

Subscribe to get access

Read more of this content when you subscribe today.

Advertisements
Advertisements
Advertisements

Monthly Subscription

Subscribe or donate

€9.80