A meio caminho do fim da Guerra na Ucrânia

Elijah J. Magnier

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Alan

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A meio caminho do fim da Guerra na Ucrânia

Trad. Alan Dantas

A Rússia e a Ucrânia estão dando os primeiros passos para terminar a guerra através de negociações diretas e em teleconferência. Após as últimas quatro rodadas, foram registrados progressos entre os negociadores, não obstante o contínuo confronto de armas. A Ucrânia percebeu que o Ocidente estava sancionando a Rússia para enfraquecer sua economia sem necessariamente ter qualquer consequência para a guerra em curso. Os países ocidentais também estavam prontos para fornecer apoio de mídia e armas para que o exército lutasse sozinho. Em contraste, os ucranianos pensavam que poderiam arrastar o mundo para uma guerra muito maior contra a Rússia. A batalha continuará enquanto os oficiais em Kiev permanecerem pouco convencidos de que as negociações são a única maneira de acabar com a guerra. No entanto, o diabo ainda está sentado nos detalhes do acordo final. Portanto, as operações militares prosseguem, lenta mas firmemente.

“A Ucrânia era o parceiro júnior da OTAN, que desempenhou um papel dominante em nosso país”, disse Mykhailo Podolyak, membro da delegação ucraniana e conselheiro da chefia de pessoal do presidente Volodymyr Zelenskyy.

 Não há dúvida de que os EUA têm se preparado, desde a época de Barack Obama, para a entrada da Ucrânia na OTAN, aumentando a prontidão das forças militares, triplicando o número do pessoal do exército e o treinando para o uso de armas ocidentais. Os EUA forneceram mísseis Javelin anti-tanque e 2,7 bilhões de dólares em assistência militar durante muitos anos. A quantia aumentou significativamente com o início da guerra. A Alemanha quebrou sua política externa de longa data, proibindo todas as exportações de armas letais para zonas de conflito. Entregou 1.000 lança-foguetes anti-tanque, 500 mísseis Stinger terra-terra, Howitzers, veículos armados e milhares de toneladas de combustível. Suécia, Finlândia, Dinamarca, Noruega, Croácia, Eslovênia, Itália, França, Bélgica, Holanda, Portugal, República Tcheca, Romênia e Canadá entregaram milhares de metralhadoras, fuzis e armas antitanque. A Turquia forneceu o drone armado Bayraktar TB2.

Entretanto, o fato de a Ucrânia permanecer fora da OTAN impediu oficialmente que a aliança do Atlântico Norte se envolvesse na luta contra as forças russas – está, no entanto, indiretamente. O presidente Vladimir Putin fez seu movimento militar antes da aceitação de Kiev como membro da aliança.

Consequentemente, a Ucrânia perdeu seu direito de recorrer ao artigo quinto que exige que os outros países da OTAN defendam a Ucrânia. Assim, esta guerra em curso impediu, até agora, o início de uma terceira guerra mundial e uma colisão direta com a Rússia.

Os EUA e a Europa têm feito todos os esforços para separar a Ucrânia da Rússia desde 2004. Começou com a “Revolução Laranja” – um método sofisticado usado na Sérvia, Geórgia, Belarus e Nicarágua em quatro anos por consultorias, pesquisadores de opinião, diplomatas e ONGs dos EUA – que não conseguiu derrubar o regime de Kiev naquela época. Os EUA tiveram sucesso com a segunda demonstração bem organizada no final de 2013 através da revolução “Euro-Maidan”. Os manifestantes conseguiram pressionar o então presidente ucraniano Viktor Yanukovych a fugir do país por sua recusa em assinar um acordo de associação com a União Européia. O acordo foi encorajado pela então chefe da OSCE, Catherine Ashton, a fim de trazer a Ucrânia para mais longe da Rússia. 

Um contato foi vazado entre a Secretaria de Estado Adjunta dos EUA, Victoria Nuland, em que se discutiu o futuro da “revolução ucraniana” com o embaixador dos EUA na Ucrânia, Geoffrey Pyatt, em 2014, e decidindo quem deveria governar a Ucrânia. Os EUA nunca gostaram do fato de que a Europa estava “hesitante em escolher uma luta com a Rússia“. Nuland nomeia e escolhe os novos funcionários ucranianos no governo que sucederá Yanukovych e diz que “a ONU vai ajudar a foder a UE“. A América estava comandando o jogo no continente europeu.

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