
Elijah J. Magnier
Trad: Alan Dantas
Mais de 750 bases militares americanas foram espalhadas pelo mundo desde a Segunda Guerra Mundial, quando Washington colheu seus resultados e se apresentou como tendo salvo a Europa dos nazistas alemães. A perda dos EUA foi de aproximadamente 416.800 baixas. Isto inclui aqueles mortos em ação, os que morreram por ferimentos ou foram encontrados mortos, os desaparecidos, e aqueles que morreram em campos de concentração. Em contraste, Moscou perdeu 24 milhões de pessoas. No entanto, a vitória dos EUA resultou em um preço muito alto por décadas. A Europa pagou aos EUA centenas de bilhões de dólares de indenização em dinheiro e terminou de pagar a conta há apenas alguns anos. Mas o velho continente está pagando outro preço: o colonialismo brando imposto pela política dos EUA e músculos trabalhados através das centenas de bases militares implantadas na Europa e em numerosos países do mundo inteiro. Isso parece insuficiente para manter o mundo sob o domínio dos EUA.
A Europa de fato perdeu a liberdade de suas decisões, o que foi demonstrado pela incapacidade dos líderes europeus de tomar decisões compatíveis com seus interesses nas sanções impostas ao fluxo de energia da Rússia para o continente. Todas as sanções ocidentais contra a Rússia estão prejudicando a população europeia e a economia, apenas para fazer a vontade dos EUA de lutar contra a Rússia.
Isso já havia acontecido antes em 2018 com o acordo nuclear Irã-EUA quando empresas europeias deixaram o Irã e pagaram o preço pela violação de seus contratos devido às sanções unilaterais dos EUA – decretadas pelo presidente Donald Trump – que prejudicaram as empresas européias. Dezenas delas foram forçadas a deixar o Irã por medo de serem atingidas pelas sanções dos EUA que proibiam os acordos comerciais e a exploração de energia nos campos de petróleo e gás iranianos.
Após a escassez do fluxo de energia para a Europa devido às sanções impostas à Rússia, a França anunciou que retomará as usinas elétricas que funcionam com carvão. Isto retrocede uma década para a época em que não havia energia mais limpa disponível. A Alemanha também tomou esta decisão por medo de que a Rússia interrompesse seu fornecimento de gás depois que a Europa declarou uma guerra branda e econômica contra Moscou.
Usando sua influência político-econômica e supremacia militar com a disseminação de suas bases em todo o mundo, os EUA estão levando a Europa a adotar decisões suicidas. O mercado comercial americano é essencial para muitos países, e seu sistema financeiro (o SWIFT) impõe que a maioria dos países se submeta a suas regras ou seja excluída do intercâmbio do mercado mundial. Além disso, as bases militares americanas ofereceram uma ferramenta robusta e provas de hegemonia universal, permitindo a Washington intervir no mundo inteiro.
Os EUA conduziram exercícios e manobras multi-missão ao longo destas décadas no Pacífico Ocidental, sobre o Mar do Sul da China, o Estreito de Taiwan, o Oriente Médio e a Europa para estarem prontos para travar guerras e manter o controle sobre suas áreas de influência. Além disso, as bases dos EUA impedem qualquer grande potência (Rússia) ou outras nações emergentes (China) de controlar ou competir com sua segurança nacional. As bases americanas espalhadas pelo mundo também devem enviar garantias a seus aliados de que estão próximas de protegê-los quando necessário. No entanto, não o fez no caso dos Emirados Árabes Unidos e da Arábia Saudita quando ambos os países estavam sob os ataques
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